Fatos da Dermato de Brasília: Laços de Família: Etnias do Brasil em Brasília

SBD comemora 100 anos com projeto etnográfico inédito no Brasil

A exposição em Brasília

Brasília será sede da exposição com inauguração no dia 10 de Maio às 11 horas e você é convidado(a). A Sociedade Brasileira de Dermatologia do Distrito Federal, comprometida com eventos culturais para os dermatologistas e ciente da importância única da exposição manifesta a sua alegria e apoiará integralmente o evento nacional em sua divulgação em consonância com a SBD.

Em Brasília, o evento será realizado na Biblioteca Nacional, uma das obras mair recentes de Oscar Niemeyer. Estamos trabalhando com a nacional e com parcerias para o evento.

Da mesma forma, pela proximidade com o dia das mães, pretendemos realizar evento e ação social voluntária tendo as mães como seu alvo de ação.
Relacionado à exposição, teremos no dia 11 nàs 15 horas no lar dos velhinhos Maria Madalena, uma ação social.
Não deixe de comparecer.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), festejando seu centenário , deu início às comemorações, no dia 04 de fevereiro com o projeto Laços de Família: Etnias do Brasil, composto por uma exposição fotográfica concebida a partir de uma expedição realizada no ano passado em diferentes estados do país, por renomados fotógrafos brasileiros, seguida do lançamento do livro que detalha as histórias colhidas durante este trabalho inédito e traça um retrato histórico e cultural da população brasileira. O evento ocorreu no Museu de Arte Moderna (MAM), às 14h30, no Rio de Janeiro.

De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Bogdana Victória Kadunc, além da importância histórica devido o seu ineditismo, o projeto aproxima a SBD do cotidiano da população, estreitando os laços entre Sociedade e comunidade, e entre médico e paciente. “Neste sentido, o livro trará a contextualização histórica a partir de uma pesquisa e referências importantes da sociologia e antropologia brasileira; e apresentará histórias, personagens e fotos que ilustram a miscigenação do país”, reforça a presidente. Deste material, colhido durante a expedição, mais de 100 fotografias foram selecionadas para participar da exposição itinerante.

Além disso, o trabalho vem coroar as mudanças ocorridas na área dermatológica ao longo deste século. Entre elas, Bogdana destaca que há pouco mais de uma década a Dermatologia era somente clínica. ”É essa imagem que muitas pessoas carregam do profissional até hoje. Queremos conscientizar a todos de que esse papel mudou. A cirurgia e a cosmiatria também são responsabilidades do dermatologista”, enfatiza.

Por fazer um paralelo entre a indústria farmacêutica e a área de saúde com a área de cultura, esta é a primeira vez que a ação de uma sociedade médica é aprovada Ministério da Cultura e recebe incentivo da Lei Rouanet, destinada à produção cultural. O projeto Laços de Família: Etnias do Brasil é patrocinado pela Protex (Colgate-Palmolive), co-patrocinado pela Abbott, Allergan, Gillette (P&G), FQMDerma, Mantecorp Skincare, Stiefel (GSK Company), Valeant e recebe o apoio de Leo Pharma, TheraSkin e Roc-Neutrogena (Johnson). Apoio institucional da AMB e CFM. Mais informações no portal www.etniasdobrasil.com.br.

Sobre a mostra fotográfica e a expedição

Para a produção da mostra fotográfica, foram registradas imagens inéditas de interpretações artísticas e contemporâneas sobre as diversas incidências e características das etnias e sincretismos do povo brasileiro. As imagens foram captadas durante uma expedição que aconteceu entre setembro e novembro de 2011 nos estados de Mato Grosso, Amapá, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O objetivo era encontrar as famílias mais miscigenadas no Brasil e, durante a busca, registrar imagens das famílias mais étnicas possíveis. Para esta missão, foram convidados os fotógrafos Ary Diesendruck, Gal Oppido, José Caldas, Marcio Scavone e Patrícia Gouvêa após uma criteriosa seleção e escolhidos por suas captações diferenciadas das etnias, pessoas e sincretismos. A curadoria está a cargo de Nadja Fonsêca Peregrino e Ângela Magalhães, referências nacionais no universo da fotografia, com pesquisas, edição de livros e coordenação de mostras.

A mostra fotográfica será composta por mais de 100 imagens e terá também um mosaico de etnias, linha do tempo, e projeções audiovisuais. Ela será itinerante e passará por quatro cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Curitiba. As imagens também compõem um livro, com 160 páginas.

Sobre o livro

Um grande projeto editorial também integra as comemorações do Centenário da SBD. Trata-se de um livro, com contextualização histórica, social e cultural sobre a formação das etnias e do sincretismo do povo brasileiro. A obra é baseada em uma vasta e clássica bibliografia produzida por historiadores, como Sérgio Buarque de Holanda; sociólogos, como Gilberto Freire, Antônio Cândido, Florestan Fernandes; além de antropólogos, como Arthur Tamos, entre outros.

A pesquisa parte do conceito antropológico de “raças humanas”, popular no século XIX, abordando sua evolução ao longo da história social e cultural ocidental, o processo de miscigenação que marcou a constituição étnica e a formação sócio-cultural do Brasil, desde a colonização e a história da evolução dos estudos científicos da pele e da dermatologia no País. A análise e os textos selecionados foram integrados à captação das imagens para originar a publicação de uma obra literária, com igual temática, essência e relevância.

O conteúdo pretende trazer à tona diferentes olhares e interpretações, muitas vezes presentes em aspectos particulares do cotidiano das relações sociais e culturais, abordados por diferentes especialistas das áreas de antropologia, sociologia, além de dermatologistas indicados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.

“Neste caso, o registro fotográfico de cidadãos — em especial, crianças e idosos — de diferentes regiões do País também servirá de ponto de partida para a análise feita por profissionais da Dermatologia, ressaltando, de um lado, traços biológicos relevantes na formação das diversas etnias e, de outro, a visão simbólica e interpretativa de um antropólogo, um sociólogo e um historiador”, comenta Bogdana Kadunc.

A publicação contribui de forma decisiva para a divulgação de documentos inéditos e a disseminação de dados, informações e trabalhos científicos da área médica e das ciências sociais, fornecendo suporte teórico e prático para profissionais que buscam aperfeiçoamento, para estudantes e pesquisadores e para o público em geral.

Tecnologia como aliada

O projeto cultural pode ser acompanhado pela sociedade por meio de um portal desenvolvido com o propósito de ser ferramenta de democratização e de inclusão digital. O acesso é totalmente gratuito e abriga os seguintes conteúdos produzidos: imagens, vídeos, áudios, textos, depoimentos, comentários e, após a inauguração no MAM-RJ, livro e catálogo digital.

No caso da expedição, uma plataforma digital abrigará ferramentas diversas com o objetivo de difundir seu conteúdo, dando acesso a todos os interessados. Entre as ferramentas usadas haverá uma galeria de fotos, um podcast, com os vídeos gerados pelos integrantes da expedição sobre a experiência da viagem, depoimentos e histórias dos personagens, gifts digitais, como wallpapers entre outros.