sexta-feira, 20 de abril de 2012

Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde


Fonte; sindimédico DF

    Entidades médicas de Brasília acendem 600 velas em frente ao Congresso Nacional em vigília pelos 684 mil usuários de planos de saúde da região metropolitana do Distrito Federal, a partir das 18h de 24 de abril (quarta-feira). No dia, seguinte, em continuidade à mobilização “Médicos em defesa dos usuários dos planos de saúde”, os doutores e estudantes de medicina vão realizar ação voltada para esclarecimento da população em relação aos seus direitos frente às operadoras dos planos na Rodoviária do Plano Piloto, do início da manhã até as 14h.
As manifestações fazem parte do Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde, protesto da classe médica pelo pouco avanço nas negociações pela recuperação no valor dos honorários médicos defasados e pelo fim da interferência antiética na relação entre os profissionais e seus pacientes. Situações que acarretam dano e desassistência aos usuários do sistema de saúde suplementar, o qual é controlado pelas operadoras de planos e seguros de saúde.

A Comissão Distrital de Honorários Médicos (CDHM), composta pela Associação Médica de Brasília (AMBr), pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM/DF) e pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), optou pela não suspenção dos atendimentos, como nos protestos de 7 de abril e 21 de setembro de 2011. “Não queremos penalizar os pacientes, nem os médicos”, diz o porta-voz da Comissão e presidente do Sindicato, Gutemberg Fialho. Por menores que sejam os honorários pagos pelas operadoras, os atendimentos aos usuários de planos constituem cerca de 90% das consultas médicas particulares e a maior fonte de renda dos médicos.
As manifestações se propõem a chamar a atenção da sociedade e das autoridades para o fato de que médicos e pacientes são os grandes prejudicados na relação desigual que se estabeleceu no setor da saúde privada, dominado por uma visão mercantilista da saúde.  “A saúde pública está sendo desmantelada e a população julga que vai ter melhor assistência na rede privada por meio dos planos, que vendem falsas expectativas e provocam o sucateamento também da assistência particular”, afirma Fialho. “Os governos deixam de investir na saúde, porque parte da população tem plano de saúde, mas o plano não dá a assistência necessária – é o caos. O cidadão fica desassistido”, completa.
Preocupação social - As duas manifestações programadas têm viés social. Se por um lado se propõe a esclarecer a população quanto aos planos de saúde, por outro, não deixa de levar em conta outro grupo social menos favorecido. Para evitar dano ao gramado do Congresso Nacional, as 600 velas serão acondicionadas em candelabros feitos de garrafas PET pelos membros da Cooperfênix, cooperativa de coleta seletiva reciclável com formação de educação ambiental estabelecida na cidade de Santa Maria, situada a 30 quilômetros do Plano Piloto.

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